ACONSELHANDO OS DEPRIMIDOS
INTRODUÇÃO
A descrição de depressão dada por um aconselhado (uma mulher cristã de 53 anos, casada por 32 anos e com 3 filhos)
A depressão é o seu pequeno inferno pessoal, desconhecido dos outros, menos você, o Senhor e Satanás, por ser ele parte do situação. É muito doloroso — a situação mais devastadora pela qual já passei. Faz com que a pessoa sinta-se sem esperança e sem capacidade de mudar a situação. A dor, as vezes é inacreditável, e, fora da graça de Deus — insuportável. Ela não vai simplesmente embora com o passar do tempo. É uma luta real e muitas vezes você não quer mais lutar. Depressão é muito cansativa e praticamente tudo que você faz exige um tremendo esforço de sua parte — as vezes o simples ato de levantar-se da cama até.
A depressão te rouba as energias, as coisas que você gosta, sua felicidade, contentamento, seu raciocínio, etc. Te deixa perplexo, confuso, triste, com raiva, amargurado, choroso, ansioso, nervoso, com o estômago como se estivesse com nós. Ela te afeta fisicamente (eu perdi 9 kg), tive uma micose terrível na pele por quase 3 anos. Ela te afeta mentalmente — você não pensa em mais nada, a não ser o quanto você se sente mal e como a sua vida é um desperdício. Ela te afeta espiritualmente. As vezes cheguei a perder toda minha segurança. Eu já me senti esquecida e abandonada por Deus. É difícil orar e quando orava parecia que a oração não passava do teto.
Na depressão, um pensamento triste leva a outro e em apenas poucos instantes você se encontra no mais profundo desespero. Além dos pensamentos dolorosos, outro hábito da depressão é o choro — é um hábito difícil de quebrar. O choro não alivia a dor. Na realidade, piora e o resultado é mais desespero.
Ai meu Deus, doeu tanto para mim! E já ouvi falar de pessoas que morreram de coração partido, de tristeza ou de desgosto, mas isto é pior. Eu estou vivendo com um coração partido. Eu estou tão sozinha — por favor Deus, deixe-me morrer. Eu não sou nada daquilo que eu pensei que fosse. Quando eu pensei ter sido uma boa esposa, meu marido procurou outra pessoa para divertir-se — mas eu já estava muito ferida e para ele não fazia nenhuma diferença.
Quando eu tinha plena certeza de ter um bom casamento e do nosso relacionamento excepcionalmente bom — foi como se de repente eu fosse zé ninguém e agora eu estou convencida de que eu sou apenas uma esposa e vovó muito sem graça e cansativa. Como pude pensar tão elevadamente de mim mesma? A parte que é mais confusa para mim é que durante todo aquele tempo eu pensava estar sendo uma esposa submissa, de acordo com a Bíblia. Eu era submissa como Você (Deus) disse que eu devia ser, e em vez disso, ter essa qualidade tomou-se uma tremenda desvantagem.
Eu não tinha nenhuma chance de competir com a pessoa mais interessante do mundo e pelo fato de pertencer a Ti, eu não podia competir com todos seus enganos. Eu não poderia de qualquer maneira - ele era tão diferente em sua atitude para com ela, como se nunca houvesse existido outra pessoa exceto eu. Eu não creio que ele me ame. Eu não sei o que acreditar. Ele me convenceu tão plenamente que nem eu e muito menos o nosso relacionamento era uma prioridade.
Meu coração está pesado quase o tempo todo e eu esqueço o que é ser feliz e contente. Eu sei que não devemos perguntar “porque” mas eu gostaria de ter morrido em 1960 quando eu estava morrendo mesmo. Aqueles 20 anos no meio não valeram o sofrimento dos últimos 3 anos. Eu sei que temos que colocar nossa fé em Ti, Senhor, mas certamente devemos poder confiar no nosso cônjuge também — isso faz parte do ato de amar. 1 Corintios 13:7 diz que o amor também confia. Eu acho que confiei demais, eu tinha confiança demais no homem. Eu não tenho mais. E eu acho que nunca mais vou amar assim completamente de novo. Eu não posso porque eu tenho tanto medo. Por favor, ajude-me.
IDENTIFICANDO A DEPRESSÃO
A. Definição
1. Aquele sentimento, ar, ou atitude debilitante (que enfraquece) de desesperança que torna-se a razão da pessoa não lidar com as questões mais importantes da vida.
2. Distinto de desencorajamento.
a) Na depressão, a pessoa pára de exercer sua função.
b) No desencorajamento, a pessoa continuam exercendo sua função.
3. Um termo contemporâneo.